A Unidade da Igreja de Cristo é Expressão de Sua Soberania
- Marcelo Damasceno
- 6 de dez.
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Filipenses 3:1-3,14
“Finalmente, irmãos meus, regozijai-vos no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós. Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da cortadura; porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus e não confiamos na carne. […] Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”
A reflexão paulina aos filipenses ressoa com força singular na realidade contemporânea. Infelizmente, maus obreiros e falsos líderes religiosos, movidos por interesses circunstanciais, têm provocado fissuras profundas no ambiente eclesiástico. Ao distorcerem os princípios dos evangelhos — primeiro anunciados por Cristo, depois reafirmados pelos apóstolos —, substituem a simplicidade da fé por alianças seculares, barganhas ideológicas e a instrumentalização política da religião.
Multiplicam-se tentativas de ornamentar a estrutura da Igreja com a vaidade do poder terreno, edificando castelos de ostentação que contrariam o modelo de humildade e serviço inaugurado por Jesus. Entretanto, Cristo mesmo garantiu: “as portas do inferno não prevalecerão contra a sua Igreja”. Essa verdade permanece selada no coração de Deus e sustentada por um povo que o segue sem alardes, sem manipulações, sem negociar princípios.
É lamentável constatar que alguns desses falsos líderes tratam o povo de Deus como moeda de troca, lucrando com a graça e buscando espaços de domínio sob o pretexto da cruz. Mas tais projetos não prosperarão. Não avançarão um só passo além do que Deus permite. São estruturas frágeis, construídas sobre areia, fadadas ao colapso.
A unidade da Igreja não é opção nem conveniência: é ordenança bíblica, proclamada por Cristo e reafirmada pelo apóstolo Paulo em suas cartas inspiradas pelo Espírito. Essa unidade está ancorada na soberania de Deus, e não pode ser submetida a interesses familiares, castas dominantes ou capitanias religiosas que pretendam usurpar a glória que pertence exclusivamente ao Cordeiro.
Os princípios da doutrina cristã permanecem como marcos imutáveis, referências eternas que sustentam o edifício espiritual do povo de Deus. A Igreja é, em si mesma, mistério divino: sua autoridade e sua existência começam e terminam em Jesus Cristo. O evangelho que ela anuncia repousa sobre o sacrifício da cruz — um pacto selado com sangue.
Marcelo Damasceno
Petrolina – PE






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