Afastamento de Ednaldo da CBF reacende risco de punições da Fifa ao futebol brasileiro
- Marcelo Damasceno
- há 4 dias
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Brasília (DF) – O afastamento judicial de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) voltou a acender um sinal de alerta no futebol nacional e internacional. A medida pode resultar em sérias sanções por parte da Fifa, que proíbe interferência externa — incluindo do Judiciário — nas federações filiadas à entidade.
Caso a Fifa entenda que houve violação à sua diretriz de independência das federações, o Brasil corre o risco de ser suspenso da entidade, o que impediria clubes e seleções — profissionais ou de base — de disputar torneios oficiais como a Libertadores, o Mundial de Clubes e até a Copa do Mundo de 2026.
O afastamento de Ednaldo acontece no mesmo período do congresso anual da Fifa, ampliando a visibilidade internacional do episódio e pressionando por uma resposta institucional da entidade que comanda o futebol global.
Alerta já havia sido feito pela Fifa
O receio de sanções não é novo. Em dezembro de 2023, quando Ednaldo Rodrigues foi afastado pela primeira vez por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a Fifa emitiu uma notificação oficial à CBF alertando para as possíveis consequências.
"As associações membros da Fifa são obrigadas a gerir os seus assuntos de forma independente e sem influência indevida de terceiros. Qualquer violação destas obrigações pode levar a potenciais sanções, mesmo que a influência não tenha sido culpa da associação em questão", dizia o documento enviado à CBF à época.
Com a nova decisão judicial, o futebol brasileiro volta ao centro de uma crise institucional, colocando em risco sua presença em competições internacionais e evidenciando a tensão entre o sistema jurídico nacional e as normas do futebol global.
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