Aldy Carvalho lança cordel “A Arte de Ser Vaqueiro” e celebra a bravura sertaneja em poesia
- Marcelo Damasceno
- 26 de mai.
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Por Marcelo Damasceno — Petrolina, PE
O poeta, cantador, violeiro e escritor Aldy Carvalho, filho do sertão de Petrolina (PE), acaba de lançar, em circuito nacional, o cordel “A Arte de Ser Vaqueiro” (Editora Nova Alexandria). A obra poética, construída com estrofes em sextilhas e ilustrada por Rafael Limaverde, homenageia a figura icônica do vaqueiro nordestino e revela, mais uma vez, o compromisso do autor com a preservação e celebração da cultura sertaneja.
Reconhecido por sua trajetória artística multifacetada — que inclui livros, discos e décadas de atuação — Aldy mantém o Sertão como bússola e território poético, mesmo residindo atualmente em São Paulo. Seu novo livro reafirma esse vínculo visceral ao homenagear, em forma de verso, um dos personagens mais simbólicos e resilientes do Nordeste.
“A profissão de vaqueiro personifica a bravura e a tradição do povo nordestino. É uma arte que nasce da luta, da fé e do amor à terra”, afirma o autor.
Uma homenagem com alma sertaneja
O livro é dedicado à memória de José Luiz Barbosa, o “Zé do Mestre”, vaqueiro de Salgueiro (PE), falecido em março deste ano. Em versos emocionados, Aldy eterniza o amigo como símbolo de respeito e dignidade:
“No Sertão fica seu nome feito marco no gibão / foi vaqueiro de respeito, aboiador e artesão de Pernambuco (...) / Salgueiro canta saudade, mas o amor ecoa agora na voz da eternidade. O cavalo, o boi, a Terra e a fé são as paixões do vaqueiro.”
Um legado que ecoa entre poesia e resistência
Com apresentação do escritor Pedro Monteiro, o cordel ganha densidade histórica e cultural ao retratar, com sensibilidade e fidelidade, o cotidiano do vaqueiro em meio à caatinga. A publicação também conta com o prefácio do pesquisador baiano Omar Babá Torres, de Curaçá (BA), que enaltece a figura do vaqueiro como arquétipo de resistência e sabedoria popular:
“O vaqueiro é tão naturalmente superior que, se avistadas três pessoas num caminho — duas em pano e uma encourada — assim se diz: ali vem uma criança, um homem e um vaqueiro.”
Cultura, identidade e pertencimento

“A Arte de Ser Vaqueiro” não é apenas um cordel — é um documento artístico que exalta a profissão reconhecida pela Lei 12.870/2013 e que forma parte da identidade cultural brasileira. A obra mescla lirismo, história e memória com uma costura textual primorosa, consolidando Aldy como uma das vozes mais autênticas do sertão literário contemporâneo.
Interessados em adquirir o exemplar podem entrar em contato pelo e-mail: pazinko@gmail.com.






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