Artidonio Araújo: Um Ícone do Comércio Tradicional de Petrolina
- Marcelo Damasceno
- 16 de mar.
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A história de Artidonio Araújo é um verdadeiro marco do comércio tradicional de Petrolina. Sua trajetória começou cedo, ainda aos 12 anos, em Afrânio, sua terra natal. Foi nessa idade que ele se mudou para Petrolina, onde encontrou amparo e uma nova família ao lado das irmãs professoras, Maria Wilza e Mary Belgium.
Desde a adolescência, Artidonio demonstrava sua vocação para o comércio. Sua primeira oportunidade surgiu no Armazém São João, de propriedade do empresário João Batista Cavalcanti Ramos. Com esforço e dedicação, conquistou a confiança do patrão, a ponto de, mais tarde, comprar o próprio negócio por meio de suaves promissórias.
A partir desse momento, Artidonio Araújo tornou-se dono do icônico Armazém São João por 60 anos, escrevendo seu nome na história do desenvolvimento comercial de Petrolina.
Casou-se em 1959 com Romelita Padilha, com quem teve quatro filhos: Artidonio, Márcia, Ricardo e Luciene.
O Armazém São João era um ponto de encontro entre clientes e amigos, de todas as classes sociais. O sistema de vendas baseado na confiança do “fiado” e no contato direto com a clientela tornou o estabelecimento um símbolo de proximidade e credibilidade.
A prosperidade de Artidonio acompanhou o crescimento de Petrolina, especialmente durante os ciclos econômicos da industrialização (anos 1960) e da fruticultura irrigada (décadas de 1970 a 1990). Em uma época sem grandes redes de atacado ou supermercados, o armazém funcionava como um ponto de abastecimento essencial para a população, tornando-se parte da rotina da cidade.
Aos sábados, era o destino preferido das famílias da cidade, enquanto as segundas-feiras eram dedicadas ao público da zona rural, que se dirigia ao centro da Avenida Souza Filho para abastecer suas casas.
O nome Artidonio Araújo segue vivo na memória de Petrolina. Seu legado é lembrado com carinho, e sua presença permanece marcada no Memorial localizado no Calçadão Bahia. Sua trajetória inspira comerciantes e cidadãos, sendo uma saudade imensa desde sua partida.
Marcelo Damasceno - Petrolina, PE






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