Bolsonaro Afirma que Só Revelaria Sucessor em Caso de Morte e Critica STF em Entrevista à Rádio CBN Recife
- Marcelo Damasceno
- 24 de fev.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou, nesta segunda-feira (24), em entrevista à Rádio CBN Recife, que não há alternativa ao seu nome para disputar as eleições presidenciais de 2026, mesmo estando inelegível até 2030. Segundo Bolsonaro, um sucessor só seria anunciado caso ele viesse a falecer.
"Só eu morto que vão saber quem será o outro candidato. Eu não ser candidato é uma negação da democracia. O plano B é Bolsonaro", declarou.
Cenário Eleitoral e Possíveis Nomes da Direita
O ex-presidente também comentou sobre a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em pesquisas eleitorais, ressaltando que não solicitou a inclusão do nome dela nos levantamentos.
"Não pedi para colocarem o nome da minha esposa lá, mas, curiosamente, ela aparece à frente do Lula. O Tarcísio aparece encostado. Acredito que qualquer um tem chance de ganhar do Lula no ano que vem", afirmou.
Apesar de enfatizar sua própria candidatura, Bolsonaro destacou que há lideranças políticas alinhadas com ele, mencionando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um dos principais nomes.
"Tarcísio é um baita gestor e está fazendo um trabalho excepcional em São Paulo. Plantamos lideranças por todo o Brasil. Você vê uma juventude conosco que não existe na esquerda. Se Lula resolver se aposentar, não tem um substituto. O poste dele é o 'Taxad', que não agrega valor eleitoral", disse, referindo-se ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
Críticas ao STF e Delação de Mauro Cid
Na entrevista, Bolsonaro também voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes, especialmente em relação à delação do seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.
"A delação do Cid é tortura. Vocês viram parte dos vídeos. Moraes ameaçando o pai, a esposa e a filha dele, e ele mudando seus posicionamentos. Quando ocorreu algo parecido no passado, anularam praticamente todos os processos da Lava Jato", afirmou.
Além disso, o ex-presidente considerou arbitrária uma possível prisão e declarou que, se tivesse intenção de fugir, não teria retornado dos Estados Unidos, onde permaneceu por três meses no ano passado.
"Estão forçando a barra. O que eles querem é me tirar de combate. Tenho certeza que, se eu estiver elegível, me elejo presidente no ano que vem", concluiu.
Por Marcelo Damasceno






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