Bolsonaro convida parlamentares para manifestação por anistia em 7 de maio: “Os presos políticos agradecem”
- Marcelo Damasceno
- 2 de mai.
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Ato em Brasília é organizado por Silas Malafaia e terá como foco a condenação de manifestantes do 8 de janeiro, como Débora dos Santos
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou nesta sexta-feira (2) deputados e senadores aliados para participarem de uma manifestação em defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, data em que as sedes dos Três Poderes foram invadidas por apoiadores do ex-chefe do Executivo. O ato, batizado de “Caminhada Pacífica pela Anistia Humanitária”, está marcado para o próximo 7 de maio, às 16h, em Brasília.
A concentração terá início na Torre de TV, no centro da capital federal, com deslocamento até o Congresso Nacional. Segundo Bolsonaro, o evento contará com apoio logístico da Polícia Militar do Distrito Federal e já tem a presença confirmada de cerca de 50 parlamentares, entre senadores, deputados federais, estaduais, distritais e vereadores. “Os presos políticos agradecem”, escreveu o ex-presidente, por meio de uma publicação em suas redes sociais.
O evento será organizado pelo pastor Silas Malafaia, um dos principais aliados de Bolsonaro no meio religioso e político. O ex-presidente, no entanto, não estará presente fisicamente na manifestação, pois segue internado desde 12 de abril, recuperando-se de uma cirurgia abdominal.
Um dos principais temas do ato será o caso da cabeleireira Débora dos Santos, conhecida como “Débora do Batom”, condenada recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 14 anos de prisão pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa armada. A sentença provocou reações entre lideranças conservadoras, que consideram a pena excessiva e politicamente motivada.
A manifestação é mais um episódio da crescente mobilização em torno do tema da anistia aos réus dos atos de janeiro, uma pauta que tem sido defendida por setores da oposição e criticada por entidades da sociedade civil e membros do Judiciário, que veem na proposta um retrocesso no combate à radicalização política e ao ataque às instituições democráticas.
Fonte: Poder360
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