Congresso vive sob ameaça de uma "Lava Jato Parlamentar", dizem fontes

As investigações sobre o desvio de emendas parlamentares têm gerado grande preocupação no Congresso Nacional. Segundo apuração da Central GloboNews, parlamentares temem que o avanço das investigações leve a uma nova "Lava Jato", desta vez focada em esquemas de corrupção dentro do Legislativo.

A jornalista Daniela Lima revelou, com base em fontes ligadas à cúpula do Congresso, que o clima é de "ameaça e temor". Um líder partidário e presidente de partido confidenciou a ela que, após a prisão de José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, o Legislativo se vê diante de uma possível operação de grandes proporções.

Quem é o "Rei do Lixo"?

José Marcos de Moura, integrante da Executiva Nacional do União Brasil, ficou conhecido por firmar contratos milionários na área de limpeza urbana na Bahia. Ele foi preso em 2024, durante uma operação da Polícia Federal, que apura o desvio de recursos públicos, incluindo valores provenientes de emendas parlamentares.

O maior escândalo da história?

A gravidade do esquema foi destacada por Daniela Lima:

💬 "Uma fonte muito bem posicionada, com conhecimento dos três Poderes, disse que esse é, seguramente, o maior escândalo de corrupção da história do Brasil, porque estamos falando de R$ 50 bilhões que simplesmente foram para ‘Lins’ (lugar incerto e não sabido).”

A jornalista Natuza Nery reforçou o impacto do caso no Congresso:

💬 “A história dele (o ‘Rei do Lixo’), quando vem à tona, deixa uma parte do Congresso num estado de amedrontamento."

Ela ainda revelou ter ouvido de uma fonte da Polícia Federal:

💬 “Este é o maior caso da PF hoje e pode ser um escândalo. O caso do ‘Rei do Lixo’ e adjacências, porque todo mundo sabe que as coisas se conversam e se conectam.”

A próxima "Lava Jato"?

A prisão de José Marcos de Moura foi um ponto de virada nas investigações, levando parlamentares a temerem que a operação desvende um esquema de corrupção sistêmico. Se confirmadas as suspeitas, o Brasil pode estar diante de um escândalo maior que o Petrolão e o Mensalão, com impactos diretos nas eleições e na governabilidade.

Fonte: GloboNews