Demissão em Massa: Governo de Raquel Lyra Não Renova Contratos de Mais de 4.000 Professores
- Marcelo Damasceno
- 3 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de fev.

A poucos dias do retorno das aulas, o governo de Raquel Lyra (PSDB) surpreendeu milhares de professores ao decidir não renovar mais de 4.000 contratos, deixando docentes sem emprego e estudantes sem professores. A medida, tomada sem aviso prévio, gerou indignação na categoria e preocupação com o impacto na qualidade da educação pública em Pernambuco.
Professores Demitidos Sem Aviso Prévio
A decisão foi comunicada de forma abrupta, com muitos professores descobrindo a rescisão de seus contratos por listas divulgadas via WhatsApp ou diretamente nas escolas. A maioria dos contratos teria validade até 31 de janeiro, e a renovação anual sempre foi uma prática comum na rede estadual de ensino.
O problema se agrava pelo curto prazo para realocação dos profissionais, já que a dispensa ocorreu sem os 30 dias de aviso prévio previstos na legislação trabalhista. Muitos docentes, que ainda estavam longe do limite máximo de seis anos permitido para contratações temporárias, também foram desligados, o que levantou críticas sobre a arbitrariedade da decisão.
Justificativa do Governo e Controvérsias
O governo de Pernambuco justificou a medida alegando que estava cumprindo uma decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), que determinou a convocação dos aprovados no cadastro de reserva do Concurso Público de 2022. No entanto, especialistas e representantes da categoria denunciam que essa explicação não se sustenta, pois não há novos efetivos suficientes para substituir os professores dispensados.
Além disso, a decisão do TCE-PE não determinava a rescisão imediata dos contratos temporários, o que sugere que o governo está utilizando a recomendação como pretexto para cortar gastos e fragilizar ainda mais a educação pública.
Um Histórico de Conflitos com a Educação
Desde o início da gestão de Raquel Lyra, o setor educacional tem enfrentado dificuldades. No primeiro ano de governo, a governadora congelou a carreira dos professores, além de cometer falhas graves na folha de pagamento, que deixaram muitos profissionais sem receber corretamente. Agora, essa nova medida aprofunda o cenário de instabilidade para os educadores e alunos da rede pública estadual.
Com a demissão em massa e a falta de planejamento para reposição dos profissionais, o ano letivo de 2024 pode começar com salas de aula vazias e alunos sem professores, prejudicando milhares de estudantes pernambucanos.
📌 Acompanhe as atualizações sobre esse tema e os impactos na educação pública de Pernambuco.
✍ Por Marcelo Damasceno📍 Jornalista – Rádio Grande Rio FM, Petrolina-PE






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