Fraude no INSS: Deputado acusa governo Lula de omissão e conivência
- Marcelo Damasceno
- 1 de mai
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O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) afirmou, em entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira (1º), que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi omisso e conivente diante do esquema bilionário de cobranças indevidas contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O parlamentar protocolou, na última quarta-feira (30), um requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar o caso, que veio à tona por meio de uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo as investigações, entidades sindicais teriam recebido, de forma irregular, cerca de R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024, por meio de descontos realizados sem autorização nos contracheques de beneficiários do INSS.

Durante a entrevista, Chrisóstomo responsabilizou parlamentares de esquerda pela derrubada da Medida Provisória 871/2019, de autoria do então presidente Jair Bolsonaro (PL), que previa mecanismos de proteção contra esse tipo de desconto. Segundo ele, o fim da medida abriu espaço para a ampliação das fraudes.
“Eles derrubaram a MP em 2022, e esse roubo cresceu em 2023 e 2024. Quem está investigando é a Polícia Federal, não é o governo do PT, não é o Lula”, disse. “A PF não é do Lula, é do Estado brasileiro”, completou o parlamentar, acusando diretamente o governo de inação.
O deputado também criticou o atual ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, por supostamente ter conhecimento da fraude desde 2023 e não ter adotado providências.
“Ele declarou que sabia do roubo. Se é ministro e sabia, por que não pediu para sair? Ou por que o governo não tomou providência para impedir o roubo? Ele se declarou culpado, então também é culpado”, concluiu Chrisóstomo.
O escândalo mobiliza a oposição no Congresso Nacional e amplia as pressões sobre o governo federal em um tema sensível para milhões de brasileiros que dependem da Previdência Social.
Fonte: CNN BRASIL






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