📌 Museu de Fauna da Caatinga: quando a Taxidermia vira ponte entre Ciência, Educação e Conservação
- Marcelo Damasceno
- 15 de set.
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No hall do Museu de Fauna da Caatinga (MFC), localizado no Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) da Univasf, estão expostas mais de 60 peças de animais do bioma Caatinga, todas cuidadosamente taxidermizadas pelo médico veterinário Fabrício Silva. Apaixonado pela arte-ciência da taxidermia desde a graduação, Fabrício confecciona os exemplares em posturas naturais, conferindo realismo às exposições e transformando carcaças de animais em ferramentas vivas de educação ambiental.
As coleções permitem contato direto com a fauna, mostrando porte, textura e anatomia dos animais, além de conscientizar sobre ameaças como perda de habitat, caça e mudanças climáticas. Segundo o ICMBio, 36 das 548 espécies de aves da Caatinga estão ameaçadas de extinção, e dados do IBGE indicam 481 espécies de animais em risco. Um exemplo é a jacucaca (Penelope jacucaca), ave endêmica do bioma, classificada como vulnerável.
A coordenadora do Cemafauna, professora Patrícia Nicola, destaca que as peças “não são meros objetos, mas verdadeiras pontes de aprendizagem”, estimulando engajamento e empatia pela preservação da fauna. O trabalho exige rigor técnico, conhecimento científico e respeito à legislação ambiental. Já Fabrício Silva ressalta que vê a taxidermia como forma de dar continuidade à vida através do conhecimento: “Cada exemplar preparado recebe máxima atenção aos detalhes, de modo a transmitir ao público a sensação de estar diante do animal vivo”.
Por Marcelo Damasceno






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