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O Ponto Chic: O Café Mais Charme de Petrolina nos Anos 1960/1970

  • Foto do escritor: Marcelo Damasceno
    Marcelo Damasceno
  • 22 de fev.
  • 2 min de leitura

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Por Marcelo Damasceno – Jornalista de Petrolina


Petrolina desabrochava para o futuro, e em meio ao seu crescimento, havia um lugar especial onde amigos se reuniam para conversas regadas a um café deliciosamente quente: o Ponto Chic. Nos anos 1960 e 1970, esse estabelecimento era mais do que um simples café, era um ponto de encontro, onde as primeiras e últimas notícias do dia eram compartilhadas em meio ao aroma inconfundível de café fresco.


A localização privilegiada do Ponto Chic, na espaçosa Avenida Souza Filho, fazia dele um local estratégico. Bem próximo, havia um ponto de ônibus para Juazeiro, um rádio sintonizado na única Emissora Rural, além do escritório da poderosa família Coelho, onde doutor Nilo Coelho despachava sobre negócios e política.


O Ponto Chic estava no coração de uma Petrolina ainda provinciana, em um ciclo econômico que começava a se expandir. As Indústrias Coelho S/A (ICSA) davam os primeiros passos sob a liderança de Paulo Coelho, e o governador Nilo Coelho (1967-1971) negociava com o Banco Mundial a implementação do Projeto Bebedouro, marco inicial da fruticultura irrigada no Vale do São Francisco. Personalidades como Robert McNamara, então presidente do Banco Mundial e ex-secretário de Defesa dos EUA, vieram à cidade para selar os acordos que impulsionariam a economia local.


O charme do Ponto Chic era refletido na arquitetura elegante e no movimento ao seu redor. Próximo dali, na Avenida Guararapes, estavam a icônica loja A Principal, de Antônio Macedo, e a tradicional loja de tecidos A Primavera, de Emanuel Egberto. A poucos passos, a Farmácia Santa Terezinha completava esse cenário nostálgico, onde tudo conspirava para o progresso.


O Ponto Chic não era apenas um café; era uma testemunha ocular da transformação de Petrolina, uma cidade que hoje abriga 420 mil habitantes, integrada ao desenvolvimento e à modernidade. Seu legado resiste na memória afetiva de quem viveu essa época, um símbolo do passado romântico que fertilizou a metrópole sertaneja que conhecemos hoje.

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