Pastor é preso em Alagoas acusado de estupro, cárcere privado e ameaças contra fiel da própria igreja
- Marcelo Damasceno
- 4 de jun.
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Por Marcelo Damasceno | Petrolina-PE
Um pastor evangélico de 37 anos foi preso na tarde desta segunda-feira (2), no município de Marechal Deodoro, região metropolitana de Maceió, acusado de estupro, cárcere privado e ameaças de morte contra uma jovem fiel da igreja que ele próprio liderava.
O mandado de prisão foi expedido pela 1ª Vara Criminal de Marechal Deodoro e cumprido por equipes da Polícia Civil de Alagoas. O acusado está detido no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) da cidade e permanece à disposição da Justiça.
Promessa de emprego como armadilha
De acordo com a delegada Liana Franco, responsável pela investigação, o crime ocorreu em dezembro de 2024. A vítima estava desempregada e foi abordada pelo pastor, que prometeu ajudá-la com uma suposta vaga de trabalho.
“Ele marcou um encontro com a jovem às 6h da manhã, alegando que a levaria para uma entrevista. No entanto, desviou o trajeto e a levou para um motel”, relatou a delegada.
Segundo o inquérito, já no quarto do estabelecimento, o homem começou a consumir cocaína e bebidas alcoólicas, comportamento que ele próprio admitiu durante o interrogatório. A fiel foi mantida sob ameaças e trancada por cerca de cinco horas, segundo a polícia.
Drogas, ameaças e abuso
Dentro do quarto, o pastor teria ameaçado matar a vítima caso ela não cedesse aos abusos. A delegada confirmou que a jovem só conseguiu denunciar o caso após fugir do local.
“Ela foi enganada com a promessa de trabalho. Quando percebeu, já estava trancada em um quarto de motel com ele, que usava drogas e a ameaçava constantemente”, detalhou a delegada Liana Franco.
Após a denúncia, a Polícia Civil deu início às investigações e obteve a prisão preventiva do acusado.
Comunidade abalada e novas apurações
A identidade do pastor não foi revelada para preservar a vítima, mas a repercussão do caso abalou a comunidade evangélica da cidade. A polícia investiga se o religioso já praticou crimes semelhantes contra outras fiéis.
“Há indícios de que esse não foi um caso isolado. Estamos apurando se outras mulheres foram vítimas”, acrescentou a delegada.
O caso está sendo tratado com prioridade pelas autoridades e continua em investigação.






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