Paulo de Souza Coelho: O Visionário que Transformou Petrolina em Um Polo de Desenvolvimento e Progresso
- Marcelo Damasceno
- 26 de jan.
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de fev.

Com a morte do coronel Clementino Coelho, em 1954, num acidente de automóvel na estrada pra Salvador Bahia, o jovem Paulo Coelho, filho muito próximo do pai, foi arrebatado de convicções quanto ao seu papel de empreendedor e visionário da Petrolina futura que lhe reservara destaque especial. Surgia de modo veemente, aquele industrial cheio de motivações para dar visibilidade a sua terra, Petrolina, cidade ribeirinha do Rio São Francisco e muito pernambucana.
Paulo Coelho capitaneou a construção literal do primeiro parque industrial neste polígono da seca inclemente com o contraste rico e volumoso do Rio São Francisco. No início dos anos 1960, Paulo de Souza Coelho, formado em Economia pela Universidade Federal da Bahia, dedicou-se às atividades empresariais, ainda com protagonismo das exportações de couro, buscando diversificação econômica e estabelecendo em Petrolina, as Indústrias Coelho S/A. E era um caminho sem volta.
Paulo de Souza Coelho foi um otimizador do uso dos recursos naturais renováveis do semi árido. Apostou na riqueza do óleo da mamona, esteve na Rússia Comunista comercializando esse produto com seu ímpeto capitalista. Era entusiasta da criação de uma comunidade científica em Petrolina. Surgiria tempos depois, a adiantada Embrapa, para estudos específicos do bioma Caatinga. Paulo de Souza Coelho foi influente para a instalação do ensino superior em Petrolina e pra isso, juntou-se a empresários e políticos da vizinha Juazeiro da Bahia para a criação da Comissão de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, CODESF. Sua luta insana pela instalação de rodovias ligando Salvador ao Recife com passagem estratégica em Petrolina. Ninguém brigou mais que Paulo Coelho pelo fortalecimento do transporte fluvial com modais, aéreo, ferroviário e rodoviário. Era partidário do desenvolvimentismo. E um parque industrial em Petrolina já consolidado com a ICSA, Indústrias Coelho S/A seria robustecido pelo exitoso ciclo da agricultura irrigada nos anos 1970. Nem a a crise mundial do petróleo em 1973, fez Paulo Coelho desanimar. Paulo de Souza Coelho era a cara de sua Petrolina, rica e grande.
Marcelo Damasceno
Rádio TRANSRIO FM
Juazeiro e Petrolina






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