Plano de Roubo de R$ 500 Mil no Ceasa Termina em Confronto e Prisões no Recife
- Marcelo Damasceno
- 16 de fev.
- 2 min de leitura

Desde o início de janeiro, um grupo criminoso, liderado por um empresário, se reunia semanalmente em uma casa no bairro da Estância, na Zona Oeste do Recife, para planejar um assalto ao Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa). A quadrilha, composta por indivíduos com experiência em grandes roubos, foi monitorada pela Polícia Civil, que identificou a movimentação suspeita e a utilização de veículos clonados.
🚔 A Investigação e o Plano do Grupo
A polícia começou a monitorar o grupo após identificar a presença de José Roberto Arcino dos Santos, ex-presidiário conhecido por assaltos a cargas. Ele sempre chegava ao local escoltado por Euris Cosme dos Santos, que mapeava o Ceasa. Outros membros, como Jailson Rodrigues de Melo ("Giju") e Jailson Faustino da Silva ("Mago Sinha"), também possuíam extensas fichas criminais, incluindo homicídios e roubos a bancos.
A quadrilha observava a movimentação do Ceasa e estudava a melhor rota de fuga. Durante as reuniões, usavam sacolas plásticas, suspeitas de conter armas, e veículos adulterados para evitar rastreamento. O líder do grupo era José Éder de Lima Alves, empresário morador da Avenida Boa Viagem, que, segundo a polícia, coordenava todas as ações.
💰 O Assalto ao Ceasa e a Troca de Tiros
No dia 10 de fevereiro, cinco integrantes do grupo, armados e vestidos de preto, abordaram um funcionário que carregava R$ 500 mil para depósito. Após o roubo, tentaram fugir, mas foram surpreendidos por agentes da Polícia Civil, que monitoravam suas atividades.
Durante a abordagem, houve troca de tiros e José Roberto foi morto. Outro suspeito conseguiu fugir para uma comunidade próxima, onde foram encontradas uma arma e um colete à prova de balas. Três integrantes escaparam em um Volkswagen Polo e, na fuga, roubaram o carro de um homem que visitava a esposa e a filha recém-nascida no Hospital da Mulher, na Estância.
👮 Prisões e Decisão Judicial
A polícia conseguiu capturar Éder, Lucas Bento e Luiz Carlos, sendo que este último admitiu ter emprestado a casa para as reuniões. No dia seguinte, Pedro Henrique também foi preso, mas Jailson Rodrigues e Jailson Faustino seguem foragidos.
Na quinta-feira (13), a Justiça determinou a liberação dos quatro suspeitos detidos, alegando falta de provas diretas que os ligassem ao crime. A juíza Blanche Maymone Pontes Matos destacou que as armas foram apreendidas em outro local, não sendo possível configurar o flagrante.
🔎 Conclusão
O caso evidencia o planejamento sofisticado da quadrilha, que estudou cuidadosamente a execução do crime e tentou minimizar os riscos. Apesar das prisões e da resposta policial, dois criminosos continuam foragidos e o desfecho judicial levanta debates sobre a complexidade das investigações e o rigor na comprovação da participação dos envolvidos.
Fonte: Diário de Pernambuco






Comentários