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PT elege nova presidência nacional em meio a desafios de popularidade e preparação para 2026

  • Foto do escritor: Marcelo Damasceno
    Marcelo Damasceno
  • 6 de jul.
  • 3 min de leitura
O PT foi às urnas neste domingo (6) para eleger sua nova presidência nacional.
O PT foi às urnas neste domingo (6) para eleger sua nova presidência nacional.

Quase três milhões de filiados foram às urnas neste domingo para definir os novos rumos do partido


Neste domingo (6), o Partido dos Trabalhadores (PT) promoveu uma das mais relevantes eleições internas de sua história recente. Com quase três milhões de filiados aptos a votar, a legenda escolheu suas novas direções nacionais, estaduais e municipais, em um momento decisivo para o futuro da sigla e com foco já voltado às eleições presidenciais de 2026.


O processo marca o encerramento de uma era sob a liderança de Gleisi Hoffmann, que presidiu o PT por quase uma década, e abre espaço para uma nova condução pelos próximos quatro anos.


A escolha ocorre em um cenário político desafiador: apesar da força eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há uma crescente preocupação interna com a queda de popularidade do governo e com o fortalecimento de grupos de oposição. Por isso, a reeleição de Lula é tratada como prioridade absoluta pela maioria das chapas inscritas na disputa.


Edinho Silva lidera disputa com apoio de Lula


O nome mais cotado para assumir a presidência nacional do partido é o do ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, apoiado pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), que reúne lideranças como Gleisi e o próprio presidente Lula.


Edinho — que também já foi ministro da Comunicação Social e tesoureiro de campanhas petistas — defende a modernização do partido, com foco na reconexão com as bases e na articulação de uma frente política ampla para garantir a estabilidade do governo e a vitória nas próximas eleições.


“O maior desafio do PT é garantir a reeleição do presidente Lula. Precisamos trabalhar uma política de alianças estado por estado e fazer um debate franco com a sociedade brasileira”, declarou.

Correntes à esquerda pressionam por mudanças


Além de Edinho, outros três candidatos disputaram o comando nacional:

  • Rui Falcão (deputado federal e ex-presidente do PT)

  • Romênio Pereira (secretário de Relações Internacionais do partido)

  • Valter Pomar (ex-vice-presidente nacional)


As três candidaturas representam alas à esquerda da legenda, com propostas que cobram posturas mais firmes contra aliados de centro e maior enfrentamento às forças conservadoras.


“Precisamos de uma direção partidária que enfrente abertamente a coalizão de direita e extrema-direita que já se articulou para 2026”, afirmou Pomar.

A disputa reflete o debate interno sobre os caminhos do PT: manter o curso atual de alianças moderadas ou adotar uma guinada programática mais radical. Ainda assim, especialistas indicam que, embora o partido tenda historicamente a escolher perfis mais centristas, o cenário político atual favorece uma leve inclinação à esquerda, como observa o historiador Lincoln Secco, da USP.


Cédula de votação das eleições internas do PT — Foto: Reprodução
Cédula de votação das eleições internas do PT — Foto: Reprodução

Novos rumos e novos desafios


As eleições internas foram realizadas em cédulas de papel, com contagem manual. A apuração completa deve ser divulgada na segunda-feira (7). O eleito tomará posse durante o Encontro Nacional do PT, marcado para os primeiros dias de agosto, onde também será definido o documento com a estratégia eleitoral da legenda para 2026.


Além da reeleição de Lula, o novo presidente da sigla terá como tarefas imediatas:

  • Reorganizar a estrutura partidária;

  • Fortalecer novas lideranças;

  • Reposicionar o PT para uma era pós-Lula;

  • Ampliar o diálogo com setores sociais e políticos estratégicos.


A nova direção do partido terá de equilibrar os desafios conjunturais do terceiro mandato de Lula com a pressão interna por reformas programáticas e políticas que reflitam o novo Brasil das redes sociais, da polarização e das transformações socioeconômicas.



Fonte: G1

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