Rodrigo Garcia critica desunião da direita e sinaliza possível retorno à política em 2026
- Marcelo Damasceno
- 3 de mai
- 2 min de leitura

Ex-governador de SP defende candidatura única contra Lula e avalia que PSDB perdeu conexão com a sociedade
O ex-governador de São Paulo Rodrigo Garcia (sem partido) voltou a movimentar-se nos bastidores da política e sinalizou um possível retorno à disputa eleitoral em 2026. Em entrevista à CNN Brasil, veiculada neste sábado (3), Garcia evitou cravar qual cargo pretende disputar, mas defendeu a união das forças de direita como estratégia fundamental para derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“A direita muitas vezes é desunida e apresenta muitos candidatos que se digladiam entre si. Com isso, o principal adversário, que é o Lula, corre sozinho”, afirmou o ex-governador, que deixou o PSDB após as eleições de 2022, nas quais não conseguiu se reeleger.
Alinhamento com Tarcísio e críticas ao PSDB
Rodrigo Garcia demonstrou aproximação com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem enfrentou no último pleito, e defendeu que o campo da direita deve amadurecer e caminhar rumo a uma candidatura única à Presidência em 2026. “A direita está madura hoje para identificar uma candidatura única que represente efetivamente seus valores. A chance real de vitória é muito grande”, declarou.
Sobre o processo de fusão entre PSDB e Podemos, que pode resultar no abandono do tradicional número 45, Garcia criticou o rumo tomado por seu antigo partido. “O PSDB controlou muitos estados e fez bons governos, mas ao longo do tempo foi se desconectando da sociedade”, avaliou.
Para ele, um dos erros da sigla foi não assumir uma posição ideológica clara: “Eu lembro que a palavra ‘direita’ era palavrão no Brasil há 15, 20 anos. Isso fez com que o PSDB perdesse a conexão. Os governadores eram bem avaliados, mas o posicionamento político perdeu aderência na sociedade”.
Possível candidatura em 2026
Ao ser questionado sobre seu futuro político, Rodrigo Garcia afirmou que ainda não decidiu por qual cargo deve concorrer, mas não descartou retornar ao cenário eleitoral no próximo ano. “Estou ouvindo, conversando e avaliando. O que posso dizer é que sigo comprometido com o futuro do Brasil”, resumiu.
Fonte: CNN BRASIL






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