Tarcísio de Freitas afirma em Lisboa que crime organizado é o maior risco ao Brasil
- Marcelo Damasceno
- 6 de jul.
- 2 min de leitura

Governador de São Paulo defende fortalecimento das Forças Armadas e combate à infiltração criminosa nos negócios lícitos
Durante participação no Fórum Jurídico de Lisboa, nesta sexta-feira (4), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o crime organizado representa hoje o maior risco enfrentado pelo Brasil. O gestor alertou para a infiltração de organizações criminosas em atividades empresariais legais, o que, segundo ele, compromete a competitividade e a segurança do ambiente de negócios.
“A infiltração do crime organizado no território nacional e nos negócios lícitos destrói quem segue as regras e afasta a competitividade”, afirmou.
Defesa e fronteiras
Tarcísio também defendeu o reequipamento das Forças Armadas como estratégia para fortalecer o combate ao narcotráfico e proteger as fronteiras do país. “Temos uma fronteira seca muito extensa, uma costa também muito grande, e não podemos ficar desguarnecidos”, declarou o governador, ressaltando a necessidade de vigilância tecnológica e presença militar eficaz.
“Contar com Forças Armadas equipadas, com tecnologia de ponta, é fundamental para vencermos essa guerra e mitigarmos esse risco que, para mim, é o maior que o país enfrenta hoje”, acrescentou.
Economia e cenário fiscal
Contrariando análises mais convencionais, Tarcísio minimizou o impacto do risco fiscal no atual cenário nacional. Para ele, apesar de desafios, o país já realizou reformas importantes e possui ferramentas conhecidas para ajustes.
“Risco fiscal talvez seja o menos importante, porque se sabe como resolvê-lo. O Brasil já criou as bases para uma economia relativamente arrumada. É fácil ajustar: aumentar fluxo de capital estrangeiro, apreciar o câmbio, reduzir inflação, baixar juros e ampliar investimentos”, pontuou.
Narcotráfico e segurança global
O governador também chamou atenção para os elos entre o narcotráfico e o terrorismo internacional, reforçando a necessidade de o Brasil se preparar para ameaças complexas no cenário geopolítico.
“Se não nos atentarmos para isso, vamos ter dificuldades em alguns segmentos de negócios. A relação entre narcotráfico e terrorismo global é uma realidade e precisamos estar preparados para enfrentá-la”, finalizou.
Por Marcelo Damasceno
Fonte: Jovem Pan






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