Tâmara Novaes: o acolhimento que humaniza o Tratamento Fora de Domicílio em Pernambuco
- Marcelo Damasceno
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Por Marcelo Damasceno – Petrolina (PE)
No universo silencioso e muitas vezes invisível do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), uma mulher tem se destacado por transformar a frieza da burocracia em calor humano. Tâmara Novaes Ferraz, gestora e articuladora nas casas de apoio no Recife, tem se tornado um verdadeiro símbolo de empatia, cuidado e compromisso com os pacientes que chegam de diferentes regiões de Pernambuco, especialmente do Sertão, em busca de tratamento médico na capital.
Sua atuação é marcada por uma escuta ativa, sensibilidade social e dedicação integral. Para quem conhece seu trabalho, Tâmara é mais do que gestora: é presença, voz e acolhimento. “Cada paciente é uma prioridade para si”, costuma afirmar em suas falas durante eventos como o Congresso da Amupe e a Caravana Federativa — espaços onde reforça a urgência de políticas públicas mais humanas e efetivas.
Uma missão que nasceu da dor
A história de Tâmara no TFD não começou em gabinetes, mas no enfrentamento de dores pessoais que a ensinaram o valor da dignidade e do conforto no processo de cura. Ao visitar as casas de apoio da capital pernambucana, ela percebeu o que os relatórios oficiais não registravam: a ausência de ambientes que verdadeiramente acolhessem como um lar.
Foi então que passou a articular melhorias estruturais — como cozinhas acessíveis, espaços infantis, segurança e higiene —, mas também a implementar práticas que nenhum edital exige: o afeto, a escuta, a presença. “A estrutura é importante, mas o que cura é o olhar, o toque, o respeito”, resume Tâmara, sintetizando sua filosofia de atuação.
Entre gestão pública e humanidade
Para além do trabalho com os pacientes, Tâmara se tornou ponte entre os gestores municipais e as necessidades reais dos usuários do TFD. Seu trabalho tem inspirado parcerias entre prefeituras e casas de apoio, reforçando a importância de desburocratizar o cuidado e ampliar serviços como alimentação, apoio emocional e segurança.
Ela defende que a gestão das casas de apoio não deve ser apenas técnica, mas feita com alma. O resultado dessa visão humanizada é percebido no sorriso de quem retorna ao Sertão com a saúde restabelecida — e a certeza de que foi tratado com dignidade.
Conhecida por muitos como uma “tecelã de redes de solidariedade”, Tâmara vai além das obrigações institucionais. Ela faz do TFD não apenas um braço do Sistema Único de Saúde (SUS), mas um sistema de humanidade, onde cada vida é respeitada em sua singularidade.
Fonte: Rede Você