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NEMA/Univasf integra banco de dados nacional com mais de 187 mil registros de espécies invasoras no Brasil

  • Foto do escritor: Marcelo Damasceno
    Marcelo Damasceno
  • 20 de out.
  • 3 min de leitura
Foto: Matheus Asth e Arquivo NEMA
Foto: Matheus Asth e Arquivo NEMA


O Brasil agora dispõe de um dos mais completos bancos de dados sobre espécies exóticas invasoras já produzidos no país — um retrato minucioso de 489 espécies não nativas documentadas em mais de 187 mil pontos georreferenciados. A iniciativa, resultado de um amplo esforço científico nacional, conta com a participação do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), sediado em Petrolina (PE).


Publicado em outubro de 2025 na revista científica internacional, o artigo “Georeferenced database of invasive non-native species occurrences in Brazil” apresenta um compilado de registros validados que abrange ambientes terrestres, aquáticos e marinhos, incluindo ilhas brasileiras. O estudo foi elaborado por um grupo de especialistas de várias instituições, entre eles Rafael Barbizan Sühs, Sílvia R. Ziller, Clarissa Alves da Rosa, Patricia B. Puechagut, Beloni T. P. Marterer, Eduardo L. H. Giehl, Matheus Silva Asth, Carlos H. Targino, José Renato Legracie-Jr, Tatiani E. Chapla e Rafael Dudeque Zenni.


Foto: Matheus Asth e Arquivo NEMA
Foto: Matheus Asth e Arquivo NEMA

O levantamento reúne 187.160 registros de espécies invasoras dos reinos Animalia, Plantae e Chromista, obtidos a partir de bases nacionais e internacionais, como a Global Biodiversity Information Facility (GBIF), publicações científicas, planos de manejo de unidades de conservação e dados de órgãos governamentais. Entre 2021 e 2024, todos os registros foram submetidos a um rigoroso processo de validação técnica por especialistas em cada estado e por um comitê nacional.


Para garantir a confiabilidade dos dados, o grupo adotou padrões internacionais de curadoria biológica, revisando casos de coordenadas imprecisas, aplicando centróides municipais e calculando níveis de incerteza espacial. Também foram eliminados erros evidentes, como registros de espécies terrestres em áreas marinhas. O processo contou ainda com a colaboração de mais de 75 especialistas em consultas públicas, que sugeriram correções e complementações com base em referências científicas.


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O novo banco de dados já tem aplicação prática em estados como Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro, e subsidiou, inclusive, políticas ambientais federais, como a Instrução Normativa nº 510/2025 do ICMBio. Além de orientar pesquisas e avaliações de risco, o material apoia planejamento de conservação, políticas públicas e iniciativas de ciência cidadã, como o aplicativo Invasoras BR, que permite à população enviar registros de espécies para verificação científica.


O professor Renato Garcia Rodrigues, coordenador do NEMA/Univasf, destaca que o projeto é um marco para a pesquisa e gestão ambiental na região do semiárido:


“A participação do NEMA neste artigo demonstra a robustez dos dados sobre a biodiversidade da Caatinga sob nossa responsabilidade. Esse banco tem fortalecido a produção científica, incentivando estudantes e pesquisadores e consolidando a Univasf como referência nacional em ecologia e conservação”, afirma o pesquisador.

Para Matheus Silva Asth, também integrante do NEMA e coautor do artigo, o impacto do trabalho vai além dos números:


“É gratificante ver os dados do semiárido integrados a uma base nacional. Foram quase dez anos de esforços técnicos e científicos. Conhecer quais espécies invasoras ocupam nosso território e onde estão é essencial para elaborar políticas públicas de conservação”, ressalta.

Mais do que um repositório de informações, o novo banco de dados se consolida como uma ferramenta estratégica para o enfrentamento das invasões biológicas no Brasil. Ele une ciência, gestão pública e sociedade em torno de um mesmo propósito: proteger a biodiversidade brasileira e agir com antecedência diante das ameaças ambientais que se expandem de forma silenciosa e constante.



Fonte: Jaquelyne Costa – Assessoria de Comunicação do Cemafauna e NEMA/Univasf


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