Papa Leão XIV defende família como união entre homem e mulher e pede paz entre religiões
- Marcelo Damasceno
- 17 de mai.
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Por Marcelo Damasceno
Durante sua primeira audiência oficial com o corpo diplomático do Vaticano, nesta sexta-feira (16), o papa Leão XIV reafirmou a posição tradicional da Igreja Católica ao afirmar que a família deve ser fundamentada na união estável entre um homem e uma mulher. O pontífice também destacou a dignidade dos não nascidos, idosos, doentes e imigrantes, ressaltando o dever dos governos em protegê-los.
A audiência ocorreu a portas fechadas, mas o Vaticano divulgou a íntegra do discurso do novo papa, eleito no último dia 8. Esta é uma das cerimônias protocolares que antecedem a missa de instalação do pontificado, marcada para o próximo domingo (18).
Paz como prioridade
Primeiro papa norte-americano da história e membro da Ordem de Santo Agostinho, Leão XIV — nome civil Robert Prevost — reforçou sua ênfase na paz como pilar de seu pontificado. Em sua fala, ele destacou que “a paz não é apenas ausência de conflito, mas um dom que exige esforço conjunto, inclusive na forma como usamos as palavras”.
Segundo o pontífice, governos devem investir na família como base de uma sociedade pacífica e estável. Ele também criticou a cultura do descarte, reafirmando o compromisso da Igreja com a defesa da vida desde a concepção até a morte natural.
“Ninguém está isento de se esforçar para garantir o respeito pela dignidade de cada pessoa, especialmente a mais frágil e vulnerável”, declarou.
Continuidade e contraste com Francisco
Embora tenha reafirmado posições doutrinárias semelhantes às de Francisco, como a oposição ao aborto e à eutanásia, Leão XIV representa uma guinada mais conservadora em relação à abordagem pastoral de seu antecessor. Francisco, embora mantivesse a doutrina sobre o casamento, buscava acolhimento aos católicos LGBTQIA+, enfatizando que todos são bem-vindos na Igreja.
Antes de se tornar papa, Prevost já havia se manifestado de forma crítica sobre o “estilo de vida homossexual” e o papel da mídia na normalização de relacionamentos não alinhados com a doutrina católica. Nos últimos anos, entretanto, reconheceu o apelo de Francisco por uma igreja mais aberta ao diálogo.
Fonte: Estadão






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