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Butantan conquista aprovação da Anvisa para vacina contra chikungunya, a primeira do Brasil

  • Foto do escritor: Marcelo Damasceno
    Marcelo Damasceno
  • 14 de abr.
  • 2 min de leitura

Vacina contra chikungunya foi desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Valneva — Foto: Reprodução/Governo de SP
Vacina contra chikungunya foi desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Valneva — Foto: Reprodução/Governo de SP

O Instituto Butantan obteve, nesta semana, a aprovação da Anvisa para o registro definitivo da primeira vacina contra chikungunya desenvolvida no Brasil. O imunizante, produzido em colaboração com a farmacêutica Valneva, marca um passo decisivo no combate a uma doença que tem se espalhado com rapidez pela América Latina e afeta milhares de pessoas todos os anos.


A chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti — o mesmo vetor da dengue e do zika vírus — e tem como principal complicação as dores intensas nas articulações, que podem se tornar crônicas. Em 2024, mais de 620 mil casos da doença foram registrados em todo o mundo, com Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia entre os países mais afetados.


A nova vacina teve seu pedido de registro encaminhado à Anvisa em dezembro de 2023. No mesmo ano, o imunizante já havia recebido autorização da agência norte-americana FDA (Food and Drug Administration).


Resultados promissores em testes clínicos


Os estudos clínicos de fase 3 foram realizados com adolescentes brasileiros e publicados em setembro de 2024 na revista The Lancet Infectious Diseases. Os resultados demonstraram a presença de anticorpos neutralizantes em 100% dos voluntários que já haviam sido expostos ao vírus, e em 98,8% dos que não tinham histórico de infecção. Após seis meses, 99,1% dos participantes ainda apresentavam proteção imunológica.


A maioria das reações adversas observadas foi leve ou moderada, como dor de cabeça, febre, fadiga e dores musculares.


Próximos passos até o SUS


Apesar da aprovação pela Anvisa, o Instituto Butantan ainda trabalha na formulação de uma nova versão da vacina com insumos nacionais, o que facilitará a produção em larga escala e o possível uso pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


A incorporação da vacina ao Programa Nacional de Imunizações depende agora da avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). A expectativa é que, após essa etapa, a distribuição seja feita de forma estratégica, priorizando regiões com alta incidência da doença.


“É provável que a vacinação comece pelas áreas endêmicas, onde há maior risco e maior número de casos”, explicou Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan.


Sobre a doença


A chikungunya é uma infecção viral que pode apresentar sintomas como:

  • Febre alta (acima de 38,5°C);

  • Dores intensas nas articulações das mãos e dos pés;

  • Dor de cabeça e muscular;

  • Erupções na pele.


Embora alguns casos sejam leves ou até assintomáticos, o principal desafio da doença está nas sequelas articulares, que podem durar meses ou até anos. Em casos mais graves, há registros de óbitos associados.



Fonte: G1

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