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Cuba participa de cúpula do Brics sem pagar dívida bilionária ao Brasil

  • Foto do escritor: Marcelo Damasceno
    Marcelo Damasceno
  • 6 de jul.
  • 2 min de leitura
Miguel Díaz-Canel participa da Cúpula do Brics enquanto dívida com o Brasil segue sem acordo de pagamento
Miguel Díaz-Canel participa da Cúpula do Brics enquanto dívida com o Brasil segue sem acordo de pagamento

Com dívida de US$ 1,2 bilhão em aberto, Miguel Díaz-Canel chega ao evento sob impasse diplomático e novas sanções dos EUA


O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, participará pela primeira vez da Cúpula de Líderes do Brics, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A presença da ilha caribenha ocorre na condição de país parceiro, em meio a um impasse diplomático: o governo cubano deve cerca de US$ 1,2 bilhão (R$ 6,4 bilhões) ao Brasil e ainda não apresentou proposta concreta de pagamento.


O montante é resultado de indenizações, juros de mora e parcelas vencidas de financiamentos concedidos pelo Brasil por meio do BNDES e outras instituições públicas, principalmente para obras de infraestrutura em Cuba, como o Porto de Mariel.


Reconhecimento da dívida, mas sem meios de pagamento


Após a retomada das relações bilaterais com o novo governo brasileiro, Cuba reconheceu oficialmente o valor da dívida. Contudo, em reuniões com representantes do Ministério da Fazenda e do Itamaraty, autoridades cubanas admitiram não ter condições financeiras de quitar os débitos neste momento.


“Há disposição política para o diálogo, mas a falta de recursos trava qualquer avanço”, afirmou um diplomata brasileiro envolvido nas tratativas.

O encontro de contas foi finalizado ainda em 2024, após troca de missões técnicas, reuniões virtuais e uma visita oficial à Havana. No entanto, a fase de negociação das condições de pagamento ainda não começou, o que impede a reativação de novas linhas de crédito entre os países.


Diferença em relação à Venezuela


O caso cubano avança em comparação ao da Venezuela, que também acumula dívida semelhante com o Brasil, mas cuja negociação foi paralisada por divergências políticas. Com Cuba, o governo Lula mantém laços próximos, o que facilita o diálogo, embora ainda sem resultados concretos.


A participação de Díaz-Canel no Brics deve incluir uma reunião bilateral com Lula, mas os detalhes ainda estão em definição.


Pressão internacional


Além da crise interna, Cuba enfrenta novo cerco por parte dos Estados Unidos, impulsionado pela gestão do presidente Donald Trump, que determinou uma revisão da política externa americana com foco em restringir turismo e transações financeiras com a ilha.


A medida endurece ainda mais o contexto em que o governo cubano tenta reaproximar-se economicamente de parceiros estratégicos, como o Brasil.


Apesar de ter sido convidado para a Cúpula Brasil-Caribe, realizada em 13 de junho, Díaz-Canel não compareceu ao evento, alegando sobrecarga de agenda doméstica, e foi representado pelo vice-presidente Salvador Valdés Mesa.



*Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Fernando Dias



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