Israel atinge alvos estratégicos dos huthis no Iêmen com apoio da Marinha e Força Aérea

(Arquivo) O premier de Israel, Benjamin Netanyahu

O Exército de Israel confirmou, na manhã desta segunda-feira (7), a realização de uma ofensiva militar contra alvos do grupo rebelde huthi no Iêmen. Os ataques, conduzidos por forças da aviação e da Marinha israelense, atingiram instalações estratégicas, como o porto de Hodeida e a usina elétrica de Ras Al-Kathib — ambos localizados em áreas sob controle dos huthis.

De acordo com comunicado oficial, os bombardeios miraram infraestruturas utilizadas pelos huthis para o recebimento e a movimentação de armamentos provenientes do Irã. Tel Aviv acusa o regime iraniano de abastecer o grupo com equipamentos utilizados em operações consideradas terroristas contra Israel e seus aliados.

“Os portos atacados estavam sendo utilizados pelo grupo huthi como ponto de entrada e distribuição de armas fornecidas pelo regime iraniano, que servem como suporte logístico para ações hostis contra o Estado de Israel e parceiros estratégicos”, afirma nota das Forças de Defesa de Israel (FDI).

A ofensiva foi confirmada previamente pela rede de televisão Al-Masirah, vinculada aos huthis, que relatou os ataques ao porto de Hodeida e a outras localidades sob domínio do grupo no oeste iemenita.

Conflito regional e tensões internacionais

Os huthis, apoiados politicamente e militarmente pelo Irã, vêm intensificando sua atuação no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, com ações que incluem o lançamento de mísseis e drones contra embarcações ligadas a Israel e aliados ocidentais. Os recentes episódios elevaram o alerta de segurança no trânsito marítimo internacional e intensificaram a pressão sobre Tel Aviv para uma resposta militar coordenada.

Esta é uma das primeiras vezes que Israel confirma publicamente um ataque direto contra alvos huthis no território iemenita, o que pode marcar uma nova fase na escalada militar regional envolvendo também o Hezbollah, no Líbano, e milícias xiitas no Iraque e na Síria.

As autoridades israelenses ainda não divulgaram o balanço de danos materiais nem informações sobre vítimas civis ou militares durante a ação.

Fonte: AFP